sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Padaria
O freguês era o freguês de antigamente, sempre fiel. Aceitava alguns pãezinhos queimados do padeiro justamente por achar que jamais encontraria alguém que fizesse aqueles pães gordinhos de sempre. O padeiro, por sua vez, agüentava diariamente as reclamações e as histórias que os fregueses diziam na fila. A padaria se enchia todas as manhãs, por volta das sete horas. Era um corre-corre atrás de pães fresquinhos. Nesse dia, em especial, a primeira da fila era D. Luzia, uma senhora de seus 64 anos, que usava vestidinhos floridos e uma flor presa aos cabelos. D. Luiza comprou seus quatro pães e fez questão de experimenta-los para ver se estavam no ponto. Na saída, não economizou ao elogiar o padeiro que, coincidentemente ou não, era seu antigo amor adolescente. O mundo é pequeno, ô se é...
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2 comentários:
Ainda bem que o mundo é tão pequeno assim. Se ele fosse grande, demoraria mais para te encontrar!
Te amo.
Que lindo isso!
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